Restrições
Um erro comum a utilizadores de Windows e Office é pensarem que são proprietários do software. Na verdade, há uma série de obrigações legais que lhes são aplicadas.
Não leu a licença até o fim? Nós fizemos isso por si.
As letras pequenas do contrato
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O Windows e o Office são licenciados, não são vendidos.
Ninguém pode comprar o Windows ou o Microsoft Office: em vez disso os utilizadores adquirem uma permissão para os usarem. A licença descreve os termos da permissão. Esses termos vêm no texto restritivo que se tem que aceitar, clicando em “OK”, para instalar.
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Tem que se abdicar de muitos direitos para se usar o software.
Há muitas restrições que, por lei, têm que ser aceites. Restrições sobre quem pode usar o software, sobre que tipo de proventos pode ganhar com ele, sobre como pode optar por instalar, sobre as restrições à privacidade, e até mesmo sobre se o pode doar -- a lista é longa. Ler a licença e enumerar os direitos que restam é em si uma tarefa difícil.
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Um software de distribuição OEM não pode ser transferido para outro computador.
Se comprou o seu computador com o Windows e o Office pré-instalados (as chamadas licenças OEM ou discos Windows selados), se mudar de computador tem de comprar o software novamente. A licença está ligada a um computador e expira com o equipamento. Por isso é ilegal transferir o software para outro computador.
Se visitar a maioria dos sites de software livre, pode fazer alguns cliques e encontrar o [GNU] GPL, a licença X, a licença Apache, seja quais forem os termos e condições que tiver que aceitar para usar o software.
Nos sítios das empresas de software privativo a licença é praticamente inacessível, para que não seja lida até que o produto tenha sido pago. Depois, requerem que desligue parte do seu cérebro, requerem que desligue parte da sua capacidade de trabalhar e fazer negócios com outras pessoas, quando usar o software delas.
O significado por trás disso
Empresas como Microsoft gostam de assimilar o seu software a produtos físicos, quando menciona violação de direitos autorais, por exemplo. Além disso, o software privativo é muito diferente porque as restrições, como licenças, seriam impensáveis num carro ou uma bicicleta, por exemplo.
As restrições ao uso do Office e do Windows são tão severas, que muitas violações às mesmas ocorrem todos os dias, por todo o lado. Algumas pessoas são tentadas a comprar apenas uma cópia do Microsoft Office e instalá-la em dois computadores, por exemplo. Outras mantêem a sua cópia do Windows quando trocam de computador. Outras, ainda, oferecem o seu software Windows quando deixam de o usar.
Tem uma alternativa para quebrar esta lei, ou sente-se muito contido quando a cumpre. O GNU/Linux é Software Livre (muito melhor que apenas freeware): a GPL é projetada para proteger os seus direitos.